Sim, todo lixo urbano cheira mal. Isso ocorre por conta da alta concentração de gases, como o metano, altamente nocivos à saúde. Mas, sabia que o acúmulo de dejetos produzidos nas grandes cidades não é necessariamente algo ruim? Tome nota: é possível canalizar esses elementos químicos e transformá-los em energia elétrica, que além de abastecer as casas, evita a queima dos produtos na atmosfera, principal causa do efeito estufa.
E não é só isso. Até mesmo o esgoto doméstico e industrial pode ser reaproveitado, se for devidamente tratado e purificado em uma estação de tratamento, e usado na agricultura. Caso esses dejetos sejam devidamente "limpos", o chamado lodo pode virar um excelente adubo orgânico, bom para ser usado nas lavouras ou no paisagismo. E tem gente que consegue ganhar dinheiro com a reciclagem desse material, vendendo-o para grandes produtores.
Esse tipo de alternativa, que reaproveita o lixo e o esgoto das grandes cidades para levar benefícios à população, representa a melhor solução contra os problemas referentes à falta de espaço para armazenamento de dejetos tóxicos no futuro. No Brasil, a ideia ainda está engatinhando, embora trabalhos interessantes já tenham sido desenvolvidos no país. Porém, as nações da Europa conhecem os benefícios dessas iniciativas há bastante tempo.Nunca é demais lembrar que simplesmente jogar os dejetos em aterros e incinerar os gases não é a melhor das alternativas para a ecologia. Lançar o esgoto diretamente em córregos, nascentes ou rios é ainda mais desastroso, pois piora sensivelmente a qualidade de vida das pessoas, das plantas e dos animais da região.Então, o melhor a fazer é reaproveitar o lixo, que além de reduzir os prejuízos à natureza também pode resultar em economia para o bolso dos brasileiros.
ENERGIA DOS VEGETAIS
Somente no último quarto do século XIX a biomassa foi ultrapassada pelo carvão e depois, já no século XX, pelo petróleo. Ela ainda é a principal fonte de energia primária em muitos países em desenvolvimento (94% em Uganda). No Brasil, ela reinou até a década de 1970 e representa, ainda hoje, quase 30% da energia primária produzida, nas formas de lenha (ou carvão vegetal) e produtos da cana-de-açúcar. Esse valor é significativo uma vez que a energia hidráulica, nossa principal fonte de geração de eletricidade, contribui com apenas 14%.
Os cientistas e técnicos dividem a biomassa energética em dois grandes grupos: biomassa tradicional (essencialmente lenha e outros resíduos naturais) e biomassa moderna (biomassa produzida com tecnologias adequadas, como florestas plantadas, cana-de-açúcar). Em nível mundial, essa forma de energia participa com cerca de 11% na matriz de energia primária; mas, quando se faz a separação acima, a biomassa moderna representa apenas 2% dessa matriz.
RECICLANDO A ENERGIA










